terça-feira, 31 de dezembro de 2019

Leprechaun

 Leprechauns são originários da Irlanda e, como os irlandeses, são criaturas um tanto imprevisíveis. Uma hora estão alegres, cantando e assoviando: de repente, ficam arredios e irritados sem causa aparente.   Como acontece com todos estes seres, é importante que você veja o Leprechaun, antes que ele o veja, pois ele se torna então mais cooperativo e talvez possa levá-lo a um de seus potes de ouro escondido. Mas ele é muito astuto e traquina, capaz de desaparecer num piscar de olhos.  O ouro é um prêmio raro. Gostam de fumar seus cachimbos com toda calma e dificilmente podem ser enganados. Adoram música e dança. Mas não vivem em comunidades porque são muito briguentos. Preferem o isolamento e o sossego de suas pequenas casas construídas nas raízes das grandes árvores irlandesas. De vez em quando, são vistos fazendo movimentos giratórios como piões usando seus chápeus como eixo. Após o seu trabalho diário, o Leprechaun gosta de se divertir à noite. Ele invade as adegas de vinho e "curte" sua bebedeira desenfreada no lombo dos carneiros ou cães pastores noite adentro. Se algum dia, você encontrar um leprechaun escondido na floresta, prenda-o com firmesa em sua mão e não desvie os olhos dele por um só instante. Se piscar, mesmo que por fração de segundo, ele desapareçerá de sua vista. Mas se conseguir mantê-lo aprisionado pela força de seu olhar, o Leprechaun lhe revelará, em troca da liberdade, onde se esconde o pote de ouro no final do arco- íris. Mas cuidado, pois ele costuma enganar os outros, dando-lhes um falso ouro que pouco tempo depois, desaparece. O Leprechaun é apresentado como um diminuto homemzinho, sempre ocupado a trabalhar em um único pé de sapato em meio às folhas de um arbusto ou "sob uma folha de labaça". Ele é tido como o sapateiro do povo das fadas. Acredita-se que eles tenham uma moeda de prata mágica, que volta à sua bolsa, depois de ser gasta. Os Leprechauns são descritos como sempre alegres e vestidos à maneira antiga, com roupas verdes, um barrete vermelho ou um estranho chapéu de três pontas, avental de couro e sapatos com fivelas. O nome Leprechaun é possívelmente originário do Gaélico Luacharma'n, significando meio corpo (no sentido de pequeno) ou Leith Brogan que significa sapateiro. Outra interpretação para a origem do termo seria a de Leprechaun vem de Luch-chromain, gaélico para "Pequeno Lugh corcunda".  Na Irlanda é conhecido como um pequeno homem de roupas verdes, bigode, olhar simpático e um cachimbo na boca. Os Leprechauns não gostam de humanos e tem medo deles, mas quando se vem com boas intenções, eles dão-nos um par de sapatos. Os sapatos que eles fazem são muito bonitos e são feitos de materiais naturais, tais como, flores e gotas de orvalho. Além do seu cachimbo, estão sempre acompanhados pelo seu pequeno, velho e gasto martelo. O leprechaun é muito pequeno, pois tem apenas 30 a 50 cm.

segunda-feira, 30 de dezembro de 2019

Galafuz

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     João Galafuz é o nome com que a superstição popular designa uma espécie de duende, que diz aparecer em certas noites, emergindo das ondas ou surgindo dos cabelos de pedras submersas, como um facho luminoso e multicor, prenúncio de tempestade e naufrágios.
    Crença dominante entre os pescadores e homens do mar, no estado de Pernambuco, nas cidades de Barreiros, na Praia do Porto e principalmente na ilha de Itamaracá, dizendo-se que esse duende marinho é a alma penada de um caboclo, que morreu pagão, acaso conhecido por João Galafuz. A superstição tem curso também em outros estados, notadamente em Sergipe, com o nome de Jean de La Foice, Fogo-fátuo ou Boitatá. (Gustavo Barroso, Terra de Sol).

Domovoi

  Domovyk, também chamado Domovik, Domovoj, Domovoi ou Domovoy, é um tipo de Pixie e também Duende do folclore eslavo, mais abrangente na Rússia e Ucrânia, que pode assombrar uma casa ou cuidar de seus habitantes, podendo ser um ancestral da família se movendo com a mesma de casa em casa. Sua aparência é de um ser humanoide pequeno, ancião, com aparência de mais de cem anos, com o corpo coberto de pelos grisalhos, exceto ao redor dos olhos, nariz e alguns que possuem chifres e cauda, mas muitas vezes pode mudar sua aparência, e podem se assemelhar aos habitantes da casa ou animais domésticos, eles são muito tranquilos e não incomodam ninguém, a não ser que a casa onde vivem esteja suja e bagunçada, eles também não gostam de espelhos. Um Domovyk pode ser considerado um espírito do lar, principalmente na Rússia, onde a chegada do Cristianismo no final do século X, estes antigos deuses do lar, equivalentes a Hestia grega, tornaram-se perigosos e foram substituídos por duendes. Como os antigos deuses do fogo, os Domovyks continuam sendo importantes em lugares que tem lareiras (chaminés), uma das únicas maneiras de antigamente para aquecer os eslavos do frio. Se houver crianças em casa, o Domovyk irá garantir que elas durmam sem ter pesadelos, consegue também prever o futuro, especialmente o infortúnio, assim como a Banshee, dando gritos, seus soluços representam a morte de alguém na casa, e se ele sorri, prevê bons tempos. A Ucrânia considera o Domovyk como o espírito domestico, que vive em lugares das casas como lareiras e perto dos fogões, como todo duende, ele também gosta de fazer travessuras, principalmente com os vizinhos, roubando objetos, escondendo chaves, atrapalhando o sono e etc. Pessoas que conseguem ver o Domovyk em casa costumam os chamar de um jeito amoroso, como vovô ou senhor, mas não são todas as pessoas da família que conseguem ver, por isso, deixam alimento para ele durante a noite, tal como um copo de leite e biscoitos e botas de pano vermelhas penduradas no pátio é outra forma de homenagear um Domovyk. Na Polônia, depois de uma mudança, as pessoas colocam pedaços de pão e sal embrulhados em um pano branco para que os Domovyks possam vir e se instalar na nova casa. Para se livrar de um Domovoi rival, é preciso bater nas paredes com um feixe gritando ”avô Domovoi me ajude a achar e expulsar o intruso!” Quando se ouve um bebê chorar, sem existirem bebês humanos dentro de casa, o que você estará ouvindo é um Domovoi bebê, neste caso, cubra o local de onde vem a voz com um lenço, e a mãe da criança lhe dará a resposta de qualquer pergunta, contanto que você não remova o tecido do bebê. Se um membro da casa desagradar um Domovyk, o pior castigo que ele pode dar é provocar Poltergeist e um grande incêndio. 

 Fonte:

domingo, 29 de dezembro de 2019

Rumpelstiltskin

    Rumpelstiltskin é o personagem homônimo e principal antagonista de um conto de fadas originado na Alemanha (onde ele é conhecido como Rumpelstilzchen). O conto foi coletado pelos Irmãos Grimm, que inicialmente publicaram na edição de 1812 de Children's and Household Tales (Contos para a infância e para o lar), sendo revisado em edições posteriores. Para impressionar o Rei , com o objetivo de fazer o príncipe casar com a sua filha, um moleiro bastante pobre mente e diz que ela é capaz de fiar palha e transforma-la em ouro. O Rei chama a moça, fecha-a numa torre com palha e uma roda de fiar, e exige-lhe que transforme a palha em ouro até de manhã, durante três noites, ou será executada. Algumas versões dizem que, se ela falhasse, seria empalada e depois cortada em pedaços como um porco, enquanto outras não são tão trágicas e dizem que a moça ficaria fechada na torre para sempre. Ela já tinha perdido toda a esperança, quando aparece um duende no quarto e transforma toda a palha em ouro em troca do seu colar; na noite seguinte, pede-lhe o seu anel. Na terceira noite, quando ela não tinha nada para lhe dar, o duende cumpre a sua função em troca do primeiro filho que a moça desse à luz. 


O Rei fica tão impressionado que decide se casar com ela, mas quando nasce o primeiro filho do casal, o duende regressa para reclamar o seu pagamento: "Agora dá-me o que me prometeste". A Rainha ficou assustada e ofereceu-lhe toda a sua riqueza, se este a deixasse ficar com a criança. O duende recusa, mas por fim aceita desistir da sua exigência, mas cria outra: se a Rainha conseguisse adivinhar o seu nome em três dias. No primeiro dia, ela falhou, mas antes da segunda noite, o seu mensageiro ouve o duende a saltar à volta de uma fogueira e a cantar. Existem muitas variações da canção, mas a mais conhecida é:    

  Hoje eu frito, amanhã eu cozinho! 
  Depois de amanhã será o filho da rainha!  
  Coisa boa é ninguém saber   
  Que o meu nome é Rumpelstiltskin!  

   Quando o duende foi ter com a Rainha no terceiro dia, ela revela o nome dele, Rumpelstiltskin, e ele perde o seu negócio. Na edição de 1812 dos Contos dos Irmãos Grimm, depois disto, Rumpelstiltskin foge zangado e nunca mais regressa. O final foi revisto numa edição de 1857 para uma versão mais macabra onde Rumpelstiltskin, cego de raiva, se divide em dois. Na versão oral dos Irmãos Grimm, o duende voa da janela numa panela.    
     O nome Rumpelstilzchen é de origem alemã. Rumpelstilt ou Rumpelstilz era o nome de um tipo de duende, também chamado de pophart ou poppart que faz barulhos de chocalho em tábuas. O significado é semelhante ao rumpelgeist ("chocalho fantasma") ou poltergeist, um espírito travesso que faz barulho e move objetos domésticos. Outros conceitos relacionados são mummarts ou bicho-papões que são espíritos domésticos travessos que se disfarçam 


    A primeira menção conhecida de Rumpelstiltskin ocorre em Geschichtklitterung, ou Gargantua de Johann Fischart de 1577 (uma adaptação livre de Gargantua e Pantagruel de François Rabelais).

sábado, 28 de dezembro de 2019

Baku Youkai

   Baku-youkai é um youkai japonês originalmente da China. É normalmente descrita como uma criatura atarracada, com tromba, semelhante à anta, animal com o mesmo nome em japonês. Também é descrito como um animal quimérico. A descrição mais comum hoje em dia mostra um animal com corpo de urso, patas de tigre, tromba de elefante, cauda de boi e olhos de rinoceronte, mas existem outras descrições como uma da China antiga que o transforma em um animal semelhante a um bode com nove caudas, quatro orelhas e olhos em suas costas. O Baku é uma fera benévola e na China acredita-se que possa repelir o mal, mas ela tornou-se mais conhecida por sua habilidade de devorar os pesadelos das pessoas e a má sorte que os acompanha. Pessoas que acordam após um pesadelo podem pedir a ajuda do Baku, repetindo três vezes: "Dou o meu sonho para o Baku comer", ou uma frase parecida. A imagem da criatura, quando colocada em ornamentos nas camas, é considerada benéfica e eram pintadas com tinta dourada nos travesseiros da nobreza. Também se considera que o Baku seja capaz de devorar maus espíritos causadores de pragas e doenças, e dormir sobre a pele de um manteria as doenças e a falta de sorte distantes.

sexta-feira, 27 de dezembro de 2019

Brownies

Duende ou espírito doméstico do folclore da Inglaterra e Escócia, o brownie habita casas de família, onde executa labores domésticos enquanto seus habitantes dormem. Tais tarefas são feitas em troca de presentes entre os quais laticínios, sua comida preferida. Se oferecido pagamento ou roupas, o brownie, ofendido, abandona a casa sem deixar rastros, também pode desfazer tudo o que fez. Você pode agradar o brownie deixando-lhe uma oferenda como um pouco de creme de leite, um pão doce e quentinho ou um pedaço de bolo coberto com mel. Também pode servir um pouco de cerveja ou leite açucarado para eles. Antigamente na Escócia, havia as chamadas Pedras Dos Brownies onde eram depositadas oferendas a esses elementais. Os brownies são descritos como homenzinhos de pele amarronzada que mediriam entre 30 e 60 cm. São mais ouvidos do que vistos. De espírito prestativo e benéfico, podem se tornar malignos se contrariados. Espíritos domésticos que agem à maneira dos brownies também são encontrados em outras culturas, como por exemplo o tomte finlandês, o Heinzelmännchen alemão e o domovoi russo. A palavra portuguesa duende se origina do español dueño de casa (dono de casa) e exprime um conceito semelhante.

Buca

É a variação galesa do brownie que ajuda a bater manteiga se a cozinha e lareira estiverem limpos. Se for insultado, agirá como um poltergeist, atirando coisas e batendo nas paredes. Também dá beliscões, grita e bate em quem o aborrece. O buca odeia abstêmios e pessoas de nariz comprido.

Fenodoree

Um tipo de Brownie da ilha de man, é um ser completamente forte e muito bem disposto que trabalha duramente. Não é muito inteligente e, assim como os brownies pode se ofender se um humano lhe der roupas de presente.

Kilmoulis

Tipo de Brownie que habita moinhos e executa trabalhos. Como é muito brincalhão, às vezes, atrapalha mais do que ajuda. É muito feio, tem olhos miúdos e um nariz enorme o que dá a impressão que ele não tem boca.

quinta-feira, 26 de dezembro de 2019

Kobolds

O kobold é um espírito originário da mitologia germânica, que sobreviveu aos tempos modernos no folclore alemão. Embora, geralmente invisível, um kobold pode se materializar na forma de um animal, boneco, fogo, um ser humano, e mesmo uma vela. As descrições mais comuns dos kobolds mostram-os como figuras humanoides do tamanho de crianças pequenas.        Kobolds que vivem em lares humanos usam roupas de camponeses e muitas vezes habitam bonecas, aqueles que vivem nas minas são curvados e feios, e os kobolds que vivem em navios, fumam cachimbos e usam roupas de marinheiros (estes são conhecidos como Klabautermann).       Kobolds podem ajudar a realizar tarefas domésticas, mas se forem insultados ou negligenciados, podem se tornar travessos.        Kobolds malévolos podem assombrar os moradores de uma residência, e adoecer os animais domésticos até matá-los.      Se um kobold for descoberto - o que nem sempre acontece -, podem ficar inativos enquanto seguem quem o descobriu por anos.        Em algumas regiões, os kobolds são conhecidos por nomes locais, como Galgenmannlein do Sul da Alemanha e o Heinzelmannchen de Colônia.                        Kobolds da terra    Os primeiros kobolds eram considerados espíritos das árvores, e os alemães medievais esculpiam imagens de kobolds em cera ou raiz de mandragora por acreditarem que estes espíritos permaneciam na planta mesmo depois de cortada. Essas efígies kobolds tinham de trinta a sessenta centímetros de altura, usavam roupas coloridas, e tinham bocas grandes. A expressão do século XVII, "rir como um kobold", pode ser uma referência a esses bonecos, e significaria "rir alto e calorosamente". Estas efígies kobolds foram armazenadas em recipientes de vidro e madeira.                          Kobolds da água Klabautermann é um tipo de kobold da água, que vem de vive em navios e é benéfico para a tripulação.          Um Klabautermann irá bombear a água do porão, providenciar a carga, e martelar, reparando os furos na madeira. Acredita-se que sejam especialmente úteis em momentos de perigo, impedindo que o navio afunde. O Klabautermann está associado a madeira do navio em que vive.         O comportamento benevolente do Klabautermann dura enquanto a tripulação tratar a criatura respeitosamente. Um Klabautermann não deixará seu navio até que ele esteja prestes a afundar. Marinheiros supersticiosos do século XIX, exigiam que outros respeitassem o Klabautermann. Ellet registrou um boato de que uma equipe até mesmo jogou seu capitão ao mar por negar a existência do Klabautermann.         A visão de um Klabautermann é um mau presságio e, no século XIX era a visão mais temida entre os marinheiros, pois eles só se tornavam visíveis para quem estava prestes a morrer, ou quando o navio estava prestes a afundar.                          Kobolds do fogo Kobolds do fogo são chamados de drakes, draches ou puks.       Um conto do Altmark, gravado pelo estudioso anglo-saxão Benjamin Thorpe em 1852, descreve o kobold como "uma faixa de fogo com uma cabeça larga, que geralmente treme de um lado para o outro". Uma lenda do mesmo período, tirada de Pechule, perto de Luckenwald, diz que o kobold voa pelo ar como uma faixa azul e carrega grãos. Se uma faca ou um aço em fogo for lançado nele, ele explodirá e deixará cair o que carregava.         O kobold entra e sai de uma casa pela chaminé. Este tipo de kobold usaria um casaco vermelho e uma boina ou chapéu da mesma cor. Uma lenda do folclorista Joseph Snowe, de um lugar chamado Alte burg em 1839, fala de uma criatura na forma de um ser pequeno e grosso, nem menino nem homem, mas semelhante à condição de ambos, vestido em uma túnica solta, usando um chapéu alto de bordas largas em sua cabeça diminuta.         O kobold Hodekin (também conhecido como Hudekin e Hutchen) tem entre 0,3 e um 1m de altura, cabelo e barba ruivos, e usa roupas vermelhas ou verdes, chapéu vermelho, e pode até ser cego.        Alguns contos descrevem kobolds se apresentando como pastores à procura de trabalho, pequenos homens enrugados em capuzes pontiagudos, outros, se parecem com crianças pequenas.          Segundo o dramaturgo e romancista XB Saint, os kobolds são os espíritos de crianças mortas e frequentemente aparecem com uma faca, que representa os meios pelos quais foram mortos. Heinzelmann, um kobold do castelo Hudermuhlen na região de Lunebur apareceu como um menino bonito, com cabelo louro encaracolado até os ombros, e vestido com um casaco de seda vermelha. Sua voz era suave e terna como a de um menino ou uma donzela.          Em 1820, a espiritualista Emma Hardinge Britten gravou uma descrição dos kobolds feita por madame Kalodzy, que ficou com camponeses chamados Dothea e Michael Englbretch: → Estávamos prestes a sentar para tomar chá quando Mille Gronin chamou nossa atenção para a luz constante, redonda e do tamanho de um prato de queijo, que apareceu de repente na parede do pequeno jardim em frente à porta da cabana em que estávamos sentados. Antes que qualquer um de nós pudesse se levantar para examiná-lo, mais quatro luzes aparecem quase simultaneamente, com a mesma forma, variando em tamanho. Ao redor de cada um deles havia o contorno escuro de uma pequena figura humana, negra e grotesca, mais parecida com uma pequena imagem esculpida em madeira negra e brilhante, do que qualquer outra coisa que eu pudesse compará-los. Dorothea beijou suas mãos para essas formas assustadoras, e Michael se curvou em grande reverência. Quanto a mim e a meus companheiros, ficamos tão espantados, mas divertidos com essas formas cômicas, que não podíamos nos mexer ou falar até que eles próprios desapareceram, um a um.                      Tentar vê-los é perigoso Uma lenda fala de uma criada que se interessa pelo kobold de sua casa e pede para vê-lo. O kobold se recusa, alegando que olhar para ele seria aterrorizante. Implacável, a criada insiste, e o kobold diz a ela para encontrá-lo mais tarde e trazer um balde de água fria. O kobold espera pela empregada, nu e com uma faca de açougueiro nas costas. A criada desmaia e o kobold a acorda com água fria. Em uma variante, a criada vê um bebê morto flutuando em um barril cheio de sangue, anos antes, a mulher havia tido um filho bastardo, o matado e escondido em tal barril.         Lendas contam que aqueles que tentam enganar um kobold e fazê-lo se mostrar, são punidos. Por exemplo, Heinzelmann enganou um nobre, o levando a achar que ele estava escondido em um jarro. Quando o nobre cobriu a boca do jarro a fim de de capturar a criatura, o kobold o repreendeu.          Quando um homem jogou cinzas e joio para tentar ver as pegadas do rei Goldemar, o kobold o cortou em pedaços, colocou-o no espeto, assou-o, ferveu as pernas e a cabeça e comeu-o.           A Heinzelmannchen de Colônia abandonou a cidade quando a esposa de um alfaiate espalhou ervilhas na escada, numa tentativa de ver o kobold se materializando ao tropeçar.                  Os kobolds domésticos Os kobolds domésticos estão ligados a um lar específico. Algumas lendas afirmam que cada casa tem um kobold residente, independente dos desejos ou necessidades de seu proprietário. Os meios pelos quais um kobold entra em uma nova casa variam de conto a conto. Uma tradição afirma que o kobold entra em uma nova casa, anunciando-se a noite, espalhando lascas de madeira pela casa e colocando sujeira ou estrume de vaca nas latas de leite. Se o dono da casa deixar aparas de madeira pela casa e beber o leite sujo, o kobold passa a residir.          O kobold heinzelmann do castelo Hudermuhlen chegou em 1584 e anunciou-se batendo e fazendo outros sons. Se alguém tiver pena de um kobold na forma de uma criatura fria e molhada (criança, pássaro, gato, etc) e levá-lo para dentro para aquece-lo, o espírito passa a residir ali.       Os kobolds domésticos, geralmente, vivem na área do lar de uma casa, embora, alguns prefiram partes menos frequentadas da casa como celeiros e estábulos, ou a adega.         A noite, os kobolds terminam os afazeres domésticos: afugentam as pragas, limpam os estábulos, alimentam e cuidam do gado e dos cavalos, lavam os pratos e panelas, e varrem a cozinha.        Outros kobolds ajudam comerciantes e lojistas. Uma lenda de Colônia, registrada por Keightley, afirma que os pandeiros da cidade, no início do século dezenove, nunca precisaram contratar ajuda porque, a cada noite, os kobolds conhecidos como Heinzelmannchen precisavam de tanto pão quanto um padeiro.           Um Kobold pode trazer riqueza para sua casa na forma de grãos e ouro. Uma lenda de Saterland e East Friesland, gravada por Thorpe em 1852, fala de um kobold chamado Abun. Apesar de ter apenas cerca de um pé de altura, ele podia carregar uma carga de centeio na boca para as pessoas com quem vivia e fazia isso diariamente, desde que ele recebesse uma refeição de biscoitos e leite. No entanto, os presentes kobold podem ser roubados dos vizinhos, consequentemente, algumas lendas dizem que os presentes de um kobold são demoníacos ou malignos.           Kobolds trazem boa sorte e ajudam seus anfitriões desde que estes cuidem dele. O kobold Heinzelmann encontrou coisas que haviam sido perdidas. Ele tinha uma rima que gostava de cantar: "Se tu, aqui, me deixares ficar, Boa sorte terás sempre, Mas se assim fores tu me perseguir, Sorte nunca se aproximará do lugar". Em troca dos favores de um kobold, a família deve deixar uma porção de sua ceia ou cerveja ao espírito e tratar o kobold com respeito, nunca zombando ou rindo dele. Um kobold espera ser alimentando no mesmo lugar na mesma hora todos os dias, ou no caso de Hutchen, uma vez por semana e nos feriados.        Uma tradição diz que sua comida favorita é grits ou mingau de água (?).        Contos falam de kobolds com seus próprios quartos, o kobold Heinzelmann tinha seu próprio quarto no castelo, completo com mobília e diz que o rei Goldemar dormiu na mesma cama com Neveling Von Hardenberg. Ele exigiu um lugar à mesa e uma barraca para seus cavalos.           As lendas dizem que kobolds menosprezados se tornam malévolos e vingativos, afligido hospedeiros errantes com doenças sobrenaturais, desfiramentos e ferimentos. Suas "brincadeiras" vão desde espancar os servos até assassinar aqueles que o insultam.           Um homem santo visitou a casa de Heinzelmann e se recusou a aceitar os protestos do kobold que ele era cristão. Heinzelmann o ameaçou e o nobre fugiu. Outro nobre recusou-se a beber em honra do kobold, o que levou o Heinzelmann a arrastar o homem até o chão e sufoca-lo perto da morte.              Quando um empregado sujou o Koft Hodekin, o borrifando com água suja, Hodekin pediu que o jovem fosse punido, mas o mordomo descartou o comportamento como uma brincadeira infantil. Hodekin esperou que o servo fosse dormir e então, o estrangulou, e jogou um de seus membros em uma panela sobre o fogo. O cozinheiro chefe o repreendeu pelo assassinato, e o Hodekin espremeu sangue de sapo na carne que estava sendo preparada para o bispo. O cozinheiro repreendeu novamente o espírito e este o jogou da ponte levadiça.           Mesmo os kobolds amistosos não são completamente bons, e os kobolds domésticos podem fazer travessuras sem motivos aparente. Eles escondem objetos, empurram pessoas quando elas se curvam para pegar algo, e fazem barulho à noite para manter pessoas acordadas.              O rei Goldemar gostava de tocar harpa e jogar dados.               Uma das brincadeiras de Heinzelmann era beliscar os bêbados para vê-los brigar entre si.             Heinzelmann gostou das duas filhas de seu senhor e assustou seus pretendentes para que as mulheres nunca se casassem.

                      É difícil se livrar de um   

 Contos folclóricos falam de pessoas tentando se livrar de kobolds travessos. Em um conto, um homem com um celeiro assombrado por kobolds, coloca toda a palha em um carrinho, queima o celeiro e parte para começar do zero. Enquanto se afasta, olha para trás e vê o kobold sentado. "já era hora de sairmos", diz o kobold.         O senhor do castelo Hudermuhlen não gostava de Heinzelmann e tentou fugir dele, no entanto, o kobold se transformou em uma pena e viajou com eles, sendo descoberto apenas na pousada, onde disse ao seu senhor : — Por que foge de mim? Eu posso facilmente te seguir em qualquer lugar e estar onde você está. É muito melhor que retorne a sua propriedade e não a deixe por minha conta. Você, vê bem que, se eu quisesse, poderia tirar tudo o que você tem, mas não estou inclinado a fazê-lo. O exorcismo de um padre funciona em alguns contos, o bispo de Hikdesheim conseguiu exorcizar Hodekin do castelo. Um outro exorcista, no entanto, tentou afugentar Heinzelmann, e o kobold rasgou o livro sagrado do sacerdote, espalhando as páginas pelo quarto e o perseguindo para longe.             Insultar um kobold pode afastá-lo, mas não sem uma maldição, quando alguém tentava ver sua verdadeira forma, Goldemar deixava a casa e prometia que a sorte deixaria aquele lar.       As ações que Hutchen considera insultantes incluem dar-lhe roupas, apressa-lo em seu trabalho e deixar uma roda de carroça na frente dele.

quarta-feira, 25 de dezembro de 2019

Anões

Os anões aparecem frequentemente nos mitos e lendas nórdicas e germânicas, onde são vistos como tendo seus próprios chefes e atribuições diversas.
Os anões germânicos habitam as montanhas e na terra e são fartamente associados à sabedoria, mineração e artesanato. Às vezes, os anões são descritos como curtos e feios, embora alguns questionem que esse é um desenvolvimento posterior que se origina de retratos cômicos dos seres.
Na Edda em Prosa de Snorri Sturluson, os anões nasceram dos vermes que roíam o cadáver do gigante Ymir; mas conforme a versão descrita na Edda Poética (A Profecia da Vidente), eles surgiram dos ossos e do sangue do gigante Blain. Os primeiros anões foram nomeados pelos deuses de Mótsognir e Durinn. Temos ainda vários de seus nomes mencionados nessa balada, são: Dvalinn, Nár, Náli, Nain, Dain, Bívör, Bávör, Bömbur, Nóri, Ori, Oin, Vig, Vindalf, Þorinn, Fíli, Kíli, Víli, Þrár, Þráinn, Þekk, Lit, Vitr, Nyr, Andvari, Alf, Yngvi, Eikinskjaldi, Fjalar, etc. Entre eles temos os quatro anões guardiões dos quadrantes: Norðri (Norte), Austri (Leste), Suðri (Sul), e Vestri (Oeste).
Snorri Sturluson não distinguiu os anões e os Elfos da Noite, ou elfos escuros(Svartálfar), mas enquanto os primeiros vivem em Nidavellir, um dos chamados Nove Mundos criados pelos deuses, e alguns deles habitam até mesmo em Midgard, os Elfos da Noite vivem em Svartalfaheim, situado logo acima de Niflheim. Mas de qualquer forma os anões são seres que vivem debaixo da terra, no subterrâneo, pois a luz tem o poder de transformá-los em pedra.
Os anões são hábeis artífices; são particularmente peritos no trabalho de forja, faziam não só armas dos deuses mas também as jóias das deusas; Thor lhes deve seu famoso martelo Mjölnir, Frey seu navio mágico e seu javali de ouro, Sif seus cabelos de ouro, Freyjaseu colar de ouro Brisingamen, e Odin a lança Gungnir que nada podia deter; Odin também possuía o anel Draupnir, que, como o anel de Andvari, tinha o poder de multiplicar as riquezas de quem o tivesse em seu poder. Entretanto, os anões também possuem má reputação, pois são vistos usualmente como gananciosos, quando diante dos metais preciosos, e além disso ladrões e trapaceiros.
A crença nos anões foi sem dúvida a mais popular de todas; até o século XVIII, na Islândia, os camponeses mostravam rochedos e colinas afirmando, com a mais absoluta convicção, que lá moravam verdadeiros formigueiros de pequeninos anões do mais agradável aspecto. Entre os quais, eram os mineiros os mais afeitos a tais crenças, pois, trabalhando sob a terra, estavam no território onde se acreditava habitar esses pequeninos seres, que eram, igualmente, os senhores dos metais; por isso dizia-se, quando um mineiro encontrava um anão nas galerias subterrâneas, era sinal de que um bom e belo "filão" estava próximo, pois atribuía-se aos anões só trabalharem onde a terra escondia preciosos tesouros; um desses tesouros é célebre na poesia épica alemã Nibelungenlied: o rei dos Nibelungos, do qual o anão Alberich era o guarda; Siegfried, o herói dos Nibelungos, apropriara-se desse tesouro fabuloso depois de ter vencido o anão Alberich e ter dele exigido juramento de fidelidade.

Karzelek

Karzełek (diminutivo de karzeł – um pequeno, usado para descrever um anão não-fantástico) ou Skarbnik (o Tesoureiro) na mitologia polonesa vive em minas e no funcionamento do subterrâneo. São os guardiães das gemas, cristais e metais preciosos. Protegerão mineradores do perigo e os conduzirão de volta quando estiverem perdidos. Também conduzem os mineradores aos veios de minério. Às pessoas que são más ou os insultam são mortíferos; os empurrando para abismos escuros ou os enviando por túneis, que desabam sobre elas. Arremessar rochas, assobiar ou cobrir a cabeça de alguém são ações que são ofensivas ao Skarbnik que avisará o ofensor com um punhado de solo bombardeado em sua direção, antes de tomar uma atitude séria. A palavra tesoureiros ainda é um mistério, o nome polonês continua sendo o nome de mais próxima semelhança.

terça-feira, 24 de dezembro de 2019

Goblins

Goblins são criaturas geralmente verdes que se assemelham a duendes. Fazem parte do folclore nórdico, nas lendas eles vivem fazendo brincadeiras de mau gosto. Podem ser equiparadas aos trasgos e tardos do folclore português. O termo goblin origina-se do francês antigo "gobelin", evoluído do latim medieval "gobelinus", que parece estar relacionado a "cobalus", do grego κόβαλος (kóbalos): "enganador" ou "desonesto". Os goblins são normalmente associados ao mal. Diz-se que são feios e assustadores, fazem feitiçarias, estragam a comida, travam guerras contra os gnomos. Em algumas mitologias os goblins possuem grande força. Normalmente por serem seres de pouca inteligência e hábitos selvagens, moram em cavernas ou pequenas cabanas construídas com paus e peles de animais. Sua grande capacidade de sobrevivência os faz seres presentes em quase qualquer ambiente, sendo possível serem encontrados em montanhas, pântanos, desertos, pedreiras, florestas ou cidades. Vivem em bando, com uma comunidade precária semelhante a uma sociedade de homens primitivos. Dentre seus armamentos se encontra a clava, o machado de pedra, a zarabatana, além de pequenas lanças e pedras. Eles pertencem ao grupo dos goblinóides dividindo-se em goblins, hobgoblins (parecidos aos goblins, porém maiores - de 1,40 m até a altura de um ser humano normal - e mais evoluídos) e os bugbears (maiores que um ser humano normal, muito mais fortes que os goblins e com a habilidade de se transformarem em ursos).

Alguns tipos de Goblins:

Knockers (goblins batedores): Estes não são maus, ao contrário da maioria dos goblins. Habitam minas de estanho e cobalto, especialmente na Cornualha e Devon. Gostam de pregar peças, fazendo caretas e dançando de forma exótica, dando sustos nos mineiros, mas também podem avisar através de batidas onde há veios de minerais preciosos. Eles não gostam que assobiem ou falem palavrões e os mineiros que cometem essa descortesia recebem de troco uma chuva de pedras mágicas.
Kobolds - Velhos conhecidos de quem joga RPG, são a versão alemã dos Knockers. Mais travessos e costumam desfazer o trabalho dos mineiros, atrapalhando-os só por diversão. De vez em quando, ajudam, mas não é muito comum.
Wichtlein - Típicos da minas alemãs, habitam as minas e anunciam a morte de um mineiro batendo palmas ligeiramente três vezes. Também prenunciam acidentes, cavando e fazendo barulhos que imitam o trabalho dos mineiros.
Coblynau ou Koblernigh - São os goblins galeses e avisam sobre um rico veio de minério através de batidas com suas picaretas e martelos. Por vezes, apenas brincam, imitando o trabalho dos mineiros. Ao contrário dos goblins que são pequenos, os coblynays tem quase o tamanho de um homem comum, mas com a aparência de anões. Um grupo de 15 ou 16 deles foram vistos na paróquia de Bodfari, Denighshire. Eles estavam dançando freneticamente algum tipo de dança folclórica de forma rebelde e rápida. Estavam vestidos como soldados ingleses com lenços vermelhos com bolinhas amarelas na cabeça.
Bogil - É como chamam os exércitos de goblins de várias formas, alguns em formas de animais. Alguns desses exércitos são maus, mas outros simplesmente bagunceiros e gostam de pregar peças.
Puck - Um Hobgoblin sem modos e muito levado que ficou famoso graças a Shakespeare. Pode mudar de forma e está ligado ao Pooka irlandês e ao Puca galês. Bogles - Um tipo de goblin de índole má que prefere gastar sua crueldade com assassinos e mentirosos. Gorro vermelho - Um dos tipos mais cruéis de goblin, habita castelos e torres assombrados. A cor de seu gorro é acentuada por sangue humano.

segunda-feira, 23 de dezembro de 2019

Dragão chinês

Dragão Japonês
Os Dragões coreanos são criaturas legendárias na mitologia e no folclore coreanos. Embora geralmente comparável com os dragões chineses na aparência e no significado simbólico, os dragões coreanos têm propriedades culturais específicas que as diferenciam dos dragões em outras culturas. O símbolo do dragão foi usado extensivamente, na mitologia coreana e na antiga arte coreana.

O dragão coreano é derivado do dragão chinês. Considerando que a maioria de dragões na mitologia europeia são relacionados geralmente aos elementos do fogo e da destruição, os dragões na mitologia coreana são vistos na maior parte como seres benevolentes associados à água e à agricultura, considerados frequentemente causadores da chuva e das nuvens. Diz-se que muitos dragões coreanos vivem nos rios, nos lagos, nos oceanos ou mesmo em lagoas profundas dentro das montanhas.

Os dragões chineses têm 5 dedos no pé, dragões coreanos possuem 4 dedos no pé e dragões japoneses 3 dedos no pé. Como com dragões chineses, o número nove é significativo com dragões coreanos.

Os textos antigos mencionam às vezes os dragões falantes como sensíveis, capazes de compreender emoções complexas tais como a devoção, a bondade, e a gratidão. Uma lenda coreana particular fala do grande Rei Munmu, que em seu leito de morte desejou se transformar em um "dragão do mar do leste a fim proteger a Coreia."

Diz-se que o dragão coreano tem determinados traços específicos: não têm asas, apesar de voar, por exemplo, além de ter uma barba longa. É de várias maneiras muito similar na aparência aos dragões da mitologia chinesa e japonesa.

Ocasionalmente um dragão é descrito como carregando uma esfera do dragão conhecida como o Yuh-Yi-Joo (여의주) em uma ou várias de suas garras, diz-se que quem quer que absorver o Yuh-Yi-Joo estará abençoado com habilidades o(m)nipotentes e de criação, e que somente os dragões bons (aqueles que tem os polegares para prender as esferas) eram sábios e poderosos o bastante para absorver estas esferas.

Os mitos coreanos dizem para transformar-se num dragão, um Imoogi (veja abaixo) deve sobreviver por mil anos. Então uma pérola caíra do céu. Se o Imoogi a pegasse com a sua boca, se transformaria em um dragão, mas se falhasse, teria de esperar outros mil anos.



Imoogi



Existe uma criatura mitológica coreana conhecida como um Imugi ou Imoogi, criaturas que assemelham-se a dragões, semelhantes a grandes serpentes, que segundo algumas versões seriam consideradas malditas e assim são incapazes de transformarem-se em dragões. Existem outras versões que dizem que um Imugi é um "proto-dragão" que devia sobreviver mil anos a fim de se transformar em um dragão verdadeiro. Em outras versões seriam grandes, benevolentes, criaturas que vivem na água ou nas cavernas, associados com a boa sorte.

O dragão de Wawel

O Dragão de Wawel (Smok Wawelski, em polonês) é uma das mais antigas e conhecidas lendas da Polônia.

Diz a lenda que após um longo período de prosperidade, a desgraça chega ao país do príncipe Krak (origem do nome da cidade "Cracóvia"). Os pastores começaram a dar falta de alguns de seus animais e depois desapareciam também moradores sem razão aparente. Isto tudo fica muito tempo inexplicável até o dia em que um jovem, indo pegar ervas na beira do Rio Vístula se aproxima do sopé da colina Wawel. Lá, ele vê ossos na beira do rio e um pouco mais longe, no rochedo da colina, ele percebe uma gruta e ao lado dela um dragão enorme e pavoroso que repousava tranquilamente ao sol. Seu corpo era coberto de escamas verde-amarelas reluzentes e com patas imensas como troncos.
A novidade se espalha entre os habitantes. Então o príncipe Krak faz vir o garoto ao castelo contar sua aventura. Em seguida, ele reúne seus conselheiros e cavaleiros mais valentes para debater o problema e achar uma solução.Todas as tentativas de matar o monstro são em vão, muitos cavaleiros não voltariam. Quando todos perderam a esperança de rever os bravos cavaleiros, o príncipe Krak promete: Aquele que libertar a vila do dragão, cavaleiro ou não, terá a mão da princesa Wanda e metade do reino. Logo, vários príncipes e cavaleiros chegam ao castelo de Krak mas ninguém consegue vencer a besta. Então o príncipe decide enfrentar o monstro; mas os preparativos do combate foram interrompidos por um pobre sapateiro chamado Skuba, de rosto doce e cabelos loiros, que diz ter encontrado um meio de liquidar o dragão.

O jovem pede ao príncipe um carneiro bem gordo. Ele mata o animal e o abre para enche-lo com uma mistura de enxofre e alcatrão. À noite, durante o sono do dragão, ele deixa o falso carneiro na entrada da gruta. De manhã, uma violenta explosão acorda todos os habitantes da vila. Depois de ter engolido o carneiro o monstro teve uma sede terrível, desceu ao rio e bebeu tanta água que sua barriga explodiu e os pedaços do seu corpo cobriram toda a região. E assim o reino de Krak foi libertado do perigo e o aprendiz de sapateiro, naturalmente, casou com a bela princesinha Wanda e foram felizes para todo o sempre.

A gruta onde morava a besta foi nomeada Gruta do Dragão e existe até hoje, sendo um local turístico, em Cracóvia na Polônia. Há uma estátua do dragão logo na saída da caverna, e solta fogo pela boca de 5 em 5 minutos.

domingo, 22 de dezembro de 2019

Myling

Imagem de Stephen Wiley por Pixabay
No folclore escandinavo , os mylingar são as encarnações fantasmagóricas das almas de crianças não batizadas que foram forçadas a vagar pela terra até que pudessem convencer alguém (ou causar um tumulto suficiente para fazer com que seus desejos fossem conhecidos) para enterrá-los adequadamente.
     Diz-se que o myling (também conhecido como "utburd" ou "ihtiriekko" em finlandês ) persegue os viajantes solitários à noite e pula em suas costas, exigindo ser levado ao cemitério para poder descansar em solo sagrado. Pensa-se que os Mylings são enormes e, aparentemente, ficam mais pesados ​​quando se aproximam do cemitério, a ponto de qualquer pessoa carregando um (ou mais) afundar no solo. Se alguém não conseguir entrar no cemitério, o myling mata sua vítima, com raiva.
    A palavra "utburd" significa "aquilo que é levado para fora" e refere-se à prática de abandonar crianças indesejadas (por exemplo, crianças nascidas fora do casamento ou de pais que não tinham meios para cuidar delas) na floresta ou em outros lugares remotos, onde, é quase certo, que a morte os aconteça. Acredita-se que os fantasmas da criança assombrem o local em que morreram ou, como é relatado em inúmeras histórias, as habitações de seus assassinos.
    Esse infanticídio, geralmente, é realizado secretamente e, suas vítimas foram, frequentemente, abandonadas, logo, após o nascimento. Da perspectiva de certas denominações cristãs, é negado aos bebês o batismo, a aceitação na Igreja e o enterro adequado. Como tal, eles não podem descansar em paz.
     A crença de que os mylings estão enfurecidos e buscando vingança é o que lhes deu a reputação de ser um dos tipos mais ameaçadores de fantasmas do folclore escandinavo. 
Fonte:

sábado, 21 de dezembro de 2019

Qareen

Qareen  que significa literalmente: 'companheiro constante'), é uma dupla espiritual do ser humano, seja parte de uma criatura complementar ou um ser  de uma dimensão paralela. Devido à sua natureza fantasmagórica, o Qareen é classificado entre as criaturas do tipo Jinn, embora, geralmente, não seja um Jinni.  O Qareen, como um espírito acompanhante, não deve ser confundido com o Qarinah  (um "demônio" feminino, também existente na fé do Oriente Médio). Qareen pode ser benevolo ou malévolo (geralmente é malévolo). Acredita-se que todos possuem um Qareen e um anjo da guarda. O Qareen, ao mesmo tempo em que protegeria seu escolhido, também o tentaria com maus conselhos.

sexta-feira, 20 de dezembro de 2019

Ovinnik

Ovinnik é um espírito malévolo da casa de debulha no folclore eslavo. É propenso a queimar as casas de debulha ao pôr fogo nos grãos. Para aplacá-lo, camponeses ofereciam a ele galos e panqueca. Na véspera do Ano Novo, o toque de um Ovinnik determinaria suas fortunas para o Novo Ano. Um toque morno significava boa sorte e fortuna, enquanto um toque frio significava infelicidade.

Trolls

Os Trolls são provenientes do folclore escandinavo. Descritos como gigantes horrendos como os ogros ou também como uma pequena criatura semelhante aos goblins. Vivem nas florestas e montanhas, cavernas ou grutas subterrâneas. Possuem caudas como os animais e comumente são descritos como maldosos ou estúpidos. Na literatura nórdica aparecem com várias formas e uma das mais famosas teria orelhas e nariz enormes. Nesses contos também lhe foram atribuídas várias características como a transformação dessas criaturas em pedras quando expostas à luz solas e ainda a perda de poder ao ouvirem o badalar dos sinos das igrejas.
Os penhascos de pedra de Trold-Tindterne (Picos de Troll) no centro da Noruega são ditos serem dois exércitos de trolls que uma vez travaram uma grande batalha até o sol nascer quando então, foram transformados em pedras.
Muitos contos falam de barganhas entre Trolls e humanos. Uma dessas histórias fala de um homem chamado Esbern que era apaixonado por uma moça, cuja pai não deixaria a filha casar-se até Esbern construir uma bela igreja. Um troll concordou em construir a igreja para Esbern com a condição de que se Esbern não descobrisse seu nome até o fim do trabalho, ele tomaria os olhos e a alma de Esbern para si. Por mais que tentasse, Esbern não conseguia descobrir o nome do troll. Ele se desesperou e sua amada orou por ele. Naquele momento, Esbern ouviu a esposa do troll cantar para seu bebê e em sua canção continha o nome de seu marido. Com isso, Esbern tornou-se livre do pagamento. Após o povo do norte da Europa se converter ao cristianismo, muitas de suas histórias passaram a contar com a oração como uma defesa contra os trolls.

Qarinah

Na mitologia árabe , o qarînah é um espírito similar ao súcubo, com origens possivelmente na antiga religião egípcia ou nas crenças animistas da Arábia pré-islâmica . Um qarînah "dorme com a pessoa e tem relações durante o sono, como é conhecido pelos sonhos".  Dizem que eles são invisíveis, mas uma pessoa com " segunda vista " pode vê-los, muitas vezes na forma de um gato, cachorro ou outro animal doméstico.  "Em Omdurman é um espírito que possui ... Apenas certas pessoas são possuídas e tais pessoas não podem se casar ou a qarina irá prejudicá-las." Até à data, muitos mitos africanos afirmam que homens que têm experiência semelhante com tal principado (súcubo) em sonhos (geralmente em forma de uma bela mulher) encontram-se exausto, logo que eles despertam; muitas vezes alegando ataque espiritual a eles. Os rituais / adivinhações locais são freqüentemente invocados para apelar ao deus pela proteção e intervenção divinas.

Qilin

Qilin, também conhecido por Kirin e Kylin em japonês e coreano respectivamente, e é uma criatura mitológica chinesa muito apreciada e querida na cultura Oriental.

Kirin é uma criatura encantadora por sua caridade, generosidade e grande respeito à vida. Ele tem uma enorme compaixão pelos jovens e puros de coração, não tolerando aqueles que abusem deles. Ele nunca irá tirar a vida de um inocente, e também os protegem de qualquer ameaça, tornando um protetor implacável, cuspindo fogo entre outras habilidades que são contadas de conto pra conto.

É dito também que o Qilin só aparece em regiões que são governadas por pessoas benéficas ou virtuosas. É muito dificil a aparição de um Qilin, pois ele só aparece para aqueles que tem respeito à vida o mesmo tanto quanto eles tem.
 Outras curiosidades sobre o Qilin é que ele fala facilmente o idioma humano, podendo ter telepatia de acordo com alguns por saber quando estão dizendo a verdade ou não. São constantemente associados aos dragões orientais, pois possuem grande poder.

São criaturas tão livres que não podem ser domadas por nenhum outro ser, e acabam por se matar caso sejam presas, ou dominadas.

Kitsune

Kitsune é uma raposa de nove caudas que assume a forma humana. Seres inteligentes e com capacidades mágicas que aumentam com a sua idade e sabedoria. Entre estes poderes mágicos, tem a habilidade de assumir a forma humana — normalmente aparecem na forma de uma mulher bonita, uma jovem ou uma velha. Enquanto algumas histórias falam que as kitsunes usam essa habilidade apenas para enganar as pessoas — como muitas vezes fazem em folclores — outras histórias as retratam como guardiãs fiéis, amigas, amantes e esposas. Além da habilidade de assumir a forma humana, elas possuem os poderes de possessão, conseguem gerar fogo das suas caudas e da sua boca (e é agora que você diz "caraca véi"), o poder de aparecer nos sonhos e o de criar ilusões.
     Raposas e seres humanos tem vivido próximos desde o Japão antigo; esta convivência deu origem a lendas sobre essas criaturas. Kitsunes são associadas com a figura do Deus Xintoísta, Inari — Deus do arroz, da fertilidade, da agricultura, das raposas e da industria — , servindo como suas mensageiras. Esta função reforçou o significado sobrenatural da raposa. A qualidade física mais notável da Kitsune são suas caudas, podendo chegar em nove. Quanto mais caudas uma kitsune tiver mais velha, sábia e poderosa ela é. Histórias dizem que leva 100 anos para uma cauda aparecer. Devido a seu poder e influência, pessoas fazem oferendas para elas como se fossem divindades.

 Muito dos mitos de raposas do Japão podem ser vistos no folclore da China, Coréia ou Índia. Esses mitos populares contam histórias de raposas que podem ter até nove caudas. Várias dessas histórias foram gravadas no Konjaku Monogatari, uma coleção do século XI de narrativas Chinesas, Indianas e Japonesas.
      Há um debate sobre a origem dos mitos das Kitsunes, não sabem se foi inteiramente de fontes estrangeiras ou parte do folclore japonês, que datam a partir do quinto século d.C. O folclorista japonês Kiyoshi Nozaki argumenta que os japoneses vêem positivamente as kitsunes desde o quarto século d.C.; as únicas coisas importadas da China ou da Coréia eram os atributos negativos em relação a elas. Ele afirma que, de acordo com um livro de registros do século XVI, chamado Nihon Ryakki, as raposas e o ser humano viveram muito próximos no Japão antigo, e afirma que as lendas indígenas sobre as criaturas se formaram em conseqüência desse convívio. A erudita Karen Smyers aponta que a idéia da raposa como sedutora e a conexão dos mitos de raposas ao Budismo foram introduzidas no folclore japonês com as histórias chinesas similares, mas diz que algumas histórias de kitsunes contêm elementos únicos do Japão.
Acredita-se que as Kitsunes possuem uma inteligência superior, vida longa e poderes mágicos. Elas são um tipo de yōkai, ou de entidade espiritual, a palavra kitsune é muitas vezes traduzida como espírito da raposa. No entanto, isso não significa que elas são fantasmas, ou que sejam diferentes de raposas normais. Porque a palavra espírito é usada para refletir um estado de conhecimento ou Iluminismo.
     Existem duas classificações comuns de kitsune. A zenko, que são raposas benevolentes, celestiais associadas ao Deus Inari; elas são chamadas às vezes simplesmente de raposas de Inari. Por outro lado, as yako tendem a ser mais maliciosas. Tradições locais costumam adicionar mais tipos. Por exemplo, ninko é um espírito de raposa invisível que seres humanos só podem perceber-los quando são possuídos. Outra classificação tradicional é definir a kitsune em uma dos treze tipos existentes, pelas habilidades sobrenaturais que a kitsune possui. Fisicamente, kitsune são lembradas por ter nove caudas. Em geral, um maior número de caudas indica uma raposa mais velha e mais poderosa; nos folclores dizem que uma cauda crescerá após que a raposa viver 100 anos. Um, cinco, sete e nove caudas são os números mais comuns nas histórias. Quando uma kitsune recebe sua nona cauda, sua pele torna-se prateada ou dourada. Estas Kyūbi ou Kitsune (raposas de nove caudas) ganham a capacidade de ver e ouvir qualquer coisa em qualquer lugar no mundo também adquirem sabedoria infinita (Onisciência).
A kitsune é, sem duvida, um dos youkais mais poderosos da Mitologia Japonesa. Uma das suas habilidades mais comuns é a de mudar de forma. Geralmente a de uma jovem e bela mulher (independentemente do género a da idade atual da raposa), mas há histórias e relatos de kitsunes assumindo outras formas, como um velho, uma criança, ou formas ainda mais fantásticas, como uma árvore de altura incrível ou uma segunda lua no céu.
Outras habilidades sobrenaturais comumente atribuída ao kitsune incluem bocas ou caudas que gerem fogo ou relâmpago (conhecido como kitsune-bi, literalmente, a cauda da raposa), a manifestação voluntária nos sonhos dos outros, vôo, invisibilidade, e a criação de ilusões tão complicado que é quase indistinguível da realidade (ha, vocês já eram elfinhos biembers!). Alguns contos falam de kitsune com poderes ainda maiores, capazes de manipular o tempo e o espaço, e levar pessoas à loucura. Outras têm características que lembram vampiros ou súcubos e se alimentam da vida ou o espírito dos seres humanos, geralmente através do contato sexual (zoofilia? eu dispenso, valeu?) Pessoas que são filhos(as) de kitsunes (geralmente porque o pai delas acaba se casando com uma kitsune em forma humana sem querer) não vão ser necessariamente raposas, mas podem herdar os poderes sobrenaturais destas. Apesar destes poderes, kitsunes tem uma fraqueza em particular: assim como os gatos, as kitsunes tem um medo patológico de cães, e uma vez que eles aparecem, as kitsunes saem correndo. Por conta disso, eu vou ter de invocá-las através de hipnose (sonhos). Cães são mesmo um problema (e a deusa Hécate que me perdoe!).

Tipos de Kitsune:



Bakemono-Kitsune: É uma Kitsune má e espectral (como um fantasma), muito parecido com Reiko, Kiko e Koryo;
Genko: Kitsune preta, normalmente é visto como um bom presságio;
Kiko: Espírito de uma Kitsune;
Kitsune: Termo geral para a palavra "Raposa", Kitsunes podem ser retratadas tanto como Boas ou Más;
Kitsune-Bi: Kitsunes com o poder de invocar chamas com a boca e com sua cauda;
Koryo: Kitsune Amaldiçoada;
Kuko: Kitsune do elemento Ar. Kukos são Kitsunes muito más, consideradas do mesmo nível do Tengu (Goblin Japonês);
Kyuubi no Kitsune: São as Kitsunes que alcançaram os 900 anos e tem 9 Caudas, elas ganham a habilidade de poder ver e ouvir tudo em qualquer lugar no mundo, também adquirem sabedoria infinita (Onisciência);
Nogitsune: Kitsunes Selvagens, normalmente é usada para diferenciar entre as Boas e Más Kitsunes. Assim eles usam o termo "Kitsune", para as Boas Kitsunes, aquelas que seguem e     são mensageiras do Deus Inari e "Nogitsune" para todas aquelas que enganam pessoas e não seguem o Deus Inari, e são consideradas más. As Nogitsunes não são realmente más, apenas gostam de enganar as pessoas;
    Reiko: Fantasma de uma Kitsune. Não é uma Kitsune Má, mas definitivamente é perversa;
    Shakko: Kitsune vermelha, podem ser consideradas tanto como Boas ou Más (Igual as "Kitsunes")
    Shouzaa: Espírito Seiryu, supervisor das raposas;
    Tenko: Kitsune celestial elite das kitsunes, são aquelas que alcançaram os 1.000 anos de idade(normalmente nessa idade as Kitsunes já possuem 9 caudas e sua pelagem muda de cor para Prata ou Dourada), mas são consideradas tão más como a Tamamo-no-Mae ou benevolentes e sábias como as mensageiras do Deus Inari;
    Yako/Yakan: Termo geral para a palavra "Raposa" (Igual a "Kitsune").


Me lembrei de uma história sobre uma kitsune que ouvi de uma professora quando eu estava na sexta série.
   Um homem, viúvo que morava sozinho com seu bebê, conheceu uma kitsune e tornou-se muito amigo dela. Embora todos do vilarejo condenassem essa amizade, dizendo que as raposas (kitsunes) eram traiçoeiras. Um dia, esse homem precisou sair de casa para resolver um problema e não encontrou ninguém que pudesse cuidar de seu filhinho enquanto estivesse fora. Não lhe restou outra alternativa, senão deixar o seu filho sobre os cuidados da kitsune.
    A kitsune descansava tranquilamente na sala quando ouviu o bebê chorar e foi depressa ao quarto do bebê, ver o que estava acontecendo. Chegando lá, ela viu uma cobra próxima ao berço do bebê e sem pensar duas vezes, matou a cobra.
    Quando o homem voltou para casa, encontrou a raposa com a boca toda suja de sangue. Pensando o pior dela, ele a matou.  Então ouviu o seu filho chorando e foi correndo até o quarto. Chegando lá, ele encontrou seu filho no berço e a cobra que a raposa tinham matado para proteger a criança. Cheio de remorso, o homem percebeu o erro que tinha cometido.
   Eu sempre choro quando me lembro dessa história. Coitada da raposa! O homem não confiou nela. O idiota deveria entrado dentro de casa para ver se ela tinha ou não devorado o seu filho. Eu sei que deve ter sido assustador chegar em casa e ver a raposa com a boca cheia de sangue. Mas ele deveria ter confirmado sua suspeita antes de qualquer coisa.

Bakeneko


Um Bakeneko  é,no folclore japonês,um gato com habilidades sobrenaturais,semelhante á um kitsune ou um tanuki.
Há várias formas de um gato doméstico se tornar um Bakeneko:

    Atingindo uma certa idade;
    Sendo mantindo preso por um certo número de anos;
    Crescendo até um certo tamanho;
    Tendo uma cauda muito grande.


No último caso, a cauda se divide em duas e o Bakeneko é então chamado de nekomata ("Gato dividido") e tendo os seus poderes incrivelmente ampliados. Essa superstição pode ter algum relacionamento com o cruzamento de Bobtail Japonês, pois se diz que a maneira mais fácil de evitar que um gato se transforme em um nekomata é cortando o seu rabo antes que seja tarde demais.

     Um Bakeneko vai assombrar qualquer casa na qual ele for mantido, e sendo um Youkai, ele demonstra varios poderes mágicos criando bolas de fogo fantasmagóricas, causando pesadelos, andando sobre duas pernas, e mudando sua forma na de um humano, e até devorando seu próprio dono para tomar seu lugar, embora eles tambem sejam capazes de assumir outras formas como uma segunda lua no céu. Ele também representa um perigo se entrar em uma sala onde haja um cadáver, pois acredita-se que ele reanimar o corpo se pular sobre este, e há mitos que fale de bakenekos capazes de conjurar tempestades. Quando finalmente morto, seu corpo pode ter até 1,50 metros de comprimento.

   Apesar dessa conotação negativa, nem todos os mitos sobre bakenekos os retratam como maus. De fato, existem historias de Bakenekos fiéis aos seus donos, como o gato de um sacerdote budista que o ajudou a salvar seu templo da falência, ou o gato de uma geisha que a salvou de uma cobra venenosa. No entanto, apesar dessas qualidades positivas, a natureza animal e sobrenatural fazem do bakeneko um ser perigoso e vingativo mesmo em suas versões mais benevolentes. Um exemplo disso é o mito de um velho casal sem filhos que trataram seu gato com tanto carinho e respeito que este se transformou em uma jovem mulher que trouxe muitas riquezas com ela e viveu com eles como uma filha adotiva. Porém, um dos seus namorados descobre a verdadeira natureza da bakeneko e, apesar dela implorar para ele guardar o segredo, ele não conseque se segurar e fala a verdade para um pescador em um pier. Sabendo de sua traição, ela apareceu junto com um trovoada e, na forma de um gato gigante, rasgou seu namorado em tiras.

    Um Bakeneko é semelhante a um gato comum, no entanto,ele tem alguns poderes, como conseguir andar normalmente sobre duas patas,falar a língua humana,se transformar em um ser humano,além de criar bolas de fogo.
Alguns Bakenekos também podem ter três ou sete caudas.Quando um bakeneko tem duas caudas,ele é chamado de nekomata .Um bakeneko pode ser tão bom quanto mal. Se ele for mal,ele pode até devorar seu dono. Mas geralmente,os bakenekos são bons,e protegem a casa onde vivem. Alguns dizem que bakenekos se transformam em homens e mulheres para se tornarem esposas/maridos de pessoas solitárias,ou crianças, para casais que não podem ter filhos.